Observando a História da civilização humana conhecida, nas
diferentes civilizações e em diferentes continentes, houve uma característica em
comum: a construção de pirâmides.
Por esta razão, somos levados a considerar que as pirâmides
têm um significado preponderante na evolução do Homem através dos tempos.
A evolução do conhecimento humano (ou artifícios) tem uma
certa semelhança com uma pirâmide, porém invertida, porque é um conhecimento
que cresce e amplia-se a partir de uma pequena base.
E o que é que acontece com uma pirâmide invertida que cresce
cada vez mais?
A PIRÂMIDE HUMANA EVOLUTIVA
O pensamento e
imaginação do humano dão uma reflexão nula da existência e da verdadeira
situação universal, porque estas duas forças mentais estão condicionadas a um campo
energético tal, onde apenas a experiência é capaz de gerar e desenvolver novas ideias.
Assim, o
conhecimento humano é expansivo, crescente e cada vez mais amplo como uma
pirâmide invertida, apoiada pelo vértice, como se a cada avanço do conhecimento
humano mais uma "pedra" fosse colocada em cima das outras de maneira
a alargar cada vez mais a seção reta dessa pirâmide de experiências.
Enquanto o
desenvolvimento humano apresentava um equilíbrio razoável, cada
"pedra" ia sendo colocada de maneira a manter o centro de gravidade
dentro da pequena base fundamental. E tudo parecia bonito, entusiástico e
inabalável. Mas, com o aumento incontrolável das divisões e subdivisões,
provocadas pelo progresso, torna-se iminente uma grande tragédia pelo
desmoronamento de toda esta construção.
O Homem vive no alto desta pirâmide e não
tem como escorar e reforçar as bases do seu conhecimento, por si próprio, restando-lhe,
apenas, acatar uma orientação externa a este modo de ser.
Senão vejamos: na
construção das pirâmides, o Homem, na realidade, foi apenas um instrumento que
organizou a construção, pelo simples fato de que ele não sabia como fazer as
"pedras", nem como foram feitas; aprendeu a usá-las, mas não sabia
fazê-las. E ainda, cada "pedra", cada experiência, já traz em si uma
pré-determinação geométrica de onde deve ser colocada e como pode ser usada. É
a tal da intuição! Quem transmite?
Então, a
orientação externa ao homem está na Natureza – ponto de partida e ponto de
chegada de todas as trajetórias, de todos os ciclos.
Esta orientação
natural, que é uma orientação Racional, se propõe dar ao Homem a Planta, o Mapa
e a Bússola de todo o Universo em que ele existe para que possa concluir a sua
trajetória existencial – saber o ponto de partida e saber o ponto de chegada.
Saber porque partiu e porque tem que chegar. Saber como partiu e como deve
chegar.
E o Homem, de
posse do Mapa, da Bússola e da Planta do mundo em que vive, vai poder reforçar
e escorar esta pirâmide, alargando a base, tornando-a mais larga do que o platô
em que está atualmente e, sendo ele um bom construtor de pirâmides, sentirá o
senso lógico em alcançar o ponto final, o vértice agudo desta construção
voltado para cima já tendo a base sólida e segura.
A Cultura Racional
é o conhecimento da natureza, dado pela natureza para que o ser humano encontre
a Planta, o Mapa e a Bússola e saiba ser conduzido racionalmente para o seu
mundo de origem.
Podemos ver na Cultura Racional a "Pedra Angular"
que faltava para corrigir esta construção humana.
Entretanto, ao apontar para o
objetivo final de tudo, a Cultura Racional acaba com a "Idade da
Pedra", cessando a construção de pirâmides.
Chega de pedras! Assim se constitui o enigma da sua salvação!
"Todos têm o direito do erro e a
perdição, constituindo o enigma de sua salvação!”
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