Decifra-me ou te devoro!
Este foi o enigma encontrado na Esfinge do vale de Gizé no Egito, bem ao lado da grande pirâmide.
A Esfinge, uma
colossal construção, retratando em seu corpo, as duas classes de vida animal e
humana, ostentando este enigma assustador.
E para decifrar este
enigma somente a pergunta correta poderia ser feita, para não ser devorado pela
"Esfinge".
Quem passou a se
conhecer na fase do Terceiro Milênio, pelo desenvolvimento do Raciocínio, sabe
qual pergunta deve ser feita ao "imperador"
que construiu a "Esfinge".
"Imperador"
sim. Ou você pensa que foi um faraó qualquer que construiu esse enigma?
Foi um "Faraó
Imperador", dono de toda a geração material na classe de animal.
Eis a pergunta:
"Quem és tu?"
E a resposta está na
Cultura do desenvolvimento do Raciocínio, para quem quiser se libertar do
império da matéria, das classes inferiores.
Por enquanto, entenda
este diálogo, se for possível.
O EU CONVERSA COM O TU
Quem és “tu” que a ilusão é tanta, que não
percebes a tua própria razão de ser? Que és incapaz de definir o teu eu?
Quem és “tu” que a morte chega e te rouba tudo
que juntaste durante esta vida tão efêmera, tão passageira?
Todos os teus
bens, todas as tuas esperanças. Todos os teus sonhos são sepultados junto com a
vida aparente, só restando as lembranças para os que ficam e que mais tarde
também são sepultados.
É esse enigma
chamado morte, é essa vida de ilusão, que por si só já se define como
aparência, que te causa tamanha pressa em obter a realização dos teus sonhos,
em obter aquilo que achas necessário.
E na pressa de
conseguires tudo de bom, sempre acontecem os atropelos e atropelados. Quanto
menor o tempo de vida mais depressa tens que aprender; tens que viver tão
rápido que mal já sentes a vida. Nem dá tempo de dizeres “ui!” e a tua vida já
se foi, ou melhor, a ilusão acabou.
Por que sonhas?
Por que pensas?
Por que és assim?
Quem és “tu”?
A tua pressa ou a
tua indolência não são armas para a tua glória. Os teus sonhos, as tuas
esperanças, os teus anseios e desejos aparecem frustrados, nem sabes porquê!
E a tua vida se
torna um caos, se transforma em uma fogueira, onde aos poucos queimam os
sonhos, as esperanças e os desejos, ardendo tudo num amontoado de confusões.
Tudo que tens não
é teu! A tua única dádiva é a ilusão!
“EU” que me
encontrava aqui dentro perdido neste mundo sem saber que somos deformados, “tu” e
“EU”, e escondido atrás de tuas aparências tinha minha voz sempre
sepultada pelo clamor das aventuras que “tu”
sonhavas pois “tu” só sabias
sonhar e imaginar.
Enquanto minha
vida era ponderar, sempre à procura da verdade e da fraternidade universal, tua
vida era sonhar, imaginar, alimentar-se de aparências e ilusões.
Enquanto “EU” me
preocupava com a situação real das coisas, “tu”
te distraías com engambelos da vida material.
“TU” nunca te
preocupastes com nada verdadeiro, nunca parando seriamente para refletir, só
“EU”refletia.
Até que um dia
“EU” me encontrei!
Tudo ficou
esclarecido então. O pensamento e a imaginação sempre foram a mola mestra dos
encantados que sempre imaginaram o raciocínio, mas imaginar não é raciocinar.
Pensar também não é raciocinar. Assim, sempre fomos livres pensadores, nunca
podendo dar solução de nossas contas. Minha base de raciocínio, minha célula
natural Racional estava adormecida e “EU” não sabia nem “TU” tampouco.
Mas, um dia, uma
Luz atravessou os teus olhos e me iluminou... Era a Luz do Conhecimento
Verdadeiro. E foi aí que fiquei sabendo que “EU” e “TU” formávamos um tudo
aparente, um tudo material.
Agora, tudo faz
sentido! “TU” és a parte material que se sustenta na natureza através de
alimentos sólidos, palpáveis à tua observação. “TU” és a carcaça condensada que
me sustenta neste mundo deformado. “EU” sou o teu corpo astral adaptado para
comunicações com esta natureza e, agora, com o desenvolvimento do raciocínio,
poderei também me comunicar com o mundo superior a este universo deformado e
poderei entrar em contato natural com nosso Mundo de Origem, o Mundo Racional.
“EU” te agradeço
“TU” maravilhoso, que apesar de seres feito da lama, um dia quiseste estudar
Cultura Racional e foi aí que vi a Luz, que comecei a me desenvolver
racionalmente, obtendo respostas para as dúvidas mais profundas.
Como te agradeço a
minha paz!... “TU” terás os benefícios materiais que sempre sonhaste. Isto é apenas
uma recompensa pelo teu esforço, pelo fato de teus olhos se abrirem e “EU” poder contemplar as maravilhas do
Mundo Racional.
“TU” e “EU”, que
apesar de sermos feitos de matéria, conseguimos vencer as ilusões. E agora
descortinando o mundo verdadeiro, a verdadeira vida, compreendendo tudo e
todos, viveremos afinal sem duelos, sem guerras interiores, nós dois com a
justa compreensão da verdadeira existência.
Agora, “TU” e
“EU”, favorecidos em tudo e por tudo, dando a todos aquilo que de melhor
existe, a felicidade eterna e que nós encontramos na leitura do livro Universo
em Desencanto.
"O "TU" é a pessoa e o "EU"
é onde a Natureza transmite!"