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sexta-feira, 27 de março de 2015

O EU conversa com o TU





Decifra-me ou te devoro!

Este foi o enigma encontrado na Esfinge do vale de Gizé no Egito, bem ao lado da grande pirâmide.

A Esfinge, uma colossal construção, retratando em seu corpo, as duas classes de vida animal e humana, ostentando este enigma assustador.
E para decifrar este enigma somente a pergunta correta poderia ser feita, para não ser devorado pela "Esfinge".
Quem passou a se conhecer na fase do Terceiro Milênio, pelo desenvolvimento do Raciocínio, sabe qual pergunta deve ser feita ao "imperador" que construiu a "Esfinge".
"Imperador" sim. Ou você pensa que foi um faraó qualquer que construiu esse enigma?
Foi um "Faraó Imperador", dono de toda a geração material na classe de animal.
Eis a pergunta: "Quem és tu?"
E a resposta está na Cultura do desenvolvimento do Raciocínio, para quem quiser se libertar do império da matéria, das classes inferiores.
Por enquanto, entenda este diálogo, se for possível.

O EU CONVERSA COM O TU

Quem és “tu” que a ilusão é tanta, que não percebes a tua própria razão de ser? Que és incapaz de definir o teu eu?
Quem és “tu” que a morte chega e te rouba tudo que juntaste durante esta vida tão efêmera, tão passageira?
Todos os teus bens, todas as tuas esperanças. Todos os teus sonhos são sepultados junto com a vida aparente, só restando as lembranças para os que ficam e que mais tarde também são sepultados.
É esse enigma chamado morte, é essa vida de ilusão, que por si só já se define como aparência, que te causa tamanha pressa em obter a realização dos teus sonhos, em obter aquilo que achas necessário.
E na pressa de conseguires tudo de bom, sempre acontecem os atropelos e atropelados. Quanto menor o tempo de vida mais depressa tens que aprender; tens que viver tão rápido que mal já sentes a vida. Nem dá tempo de dizeres “ui!” e a tua vida já se foi, ou melhor, a ilusão acabou.
Por que sonhas?
Por que pensas?
Por que és assim?
Quem és “tu”?
A tua pressa ou a tua indolência não são armas para a tua glória. Os teus sonhos, as tuas esperanças, os teus anseios e desejos aparecem frustrados, nem sabes porquê!
E a tua vida se torna um caos, se transforma em uma fogueira, onde aos poucos queimam os sonhos, as esperanças e os desejos, ardendo tudo num amontoado de confusões.
Tudo que tens não é teu! A tua única dádiva é a ilusão!
“EU” que me encontrava aqui dentro perdido neste mundo sem saber que somos deformados, “tu” e “EU”, e escondido atrás de tuas aparências tinha minha voz sempre sepultada pelo clamor das aventuras que “tu” sonhavas pois “tu” só sabias sonhar e imaginar.
Enquanto minha vida era ponderar, sempre à procura da verdade e da fraternidade universal, tua vida era sonhar, imaginar, alimentar-se de aparências e ilusões.
Enquanto “EU” me preocupava com a situação real das coisas, “tu” te distraías com engambelos da vida material.
“TU” nunca te preocupastes com nada verdadeiro, nunca parando seriamente para refletir, só “EU”refletia.
Até que um dia “EU” me encontrei!
Tudo ficou esclarecido então. O pensamento e a imaginação sempre foram a mola mestra dos encantados que sempre imaginaram o raciocínio, mas imaginar não é raciocinar. Pensar também não é raciocinar. Assim, sempre fomos livres pensadores, nunca podendo dar solução de nossas contas. Minha base de raciocínio, minha célula natural Racional estava adormecida e “EU” não sabia nem “TU” tampouco.
Mas, um dia, uma Luz atravessou os teus olhos e me iluminou... Era a Luz do Conhecimento Verdadeiro. E foi aí que fiquei sabendo que “EU” e “TU” formávamos um tudo aparente, um tudo material.
Agora, tudo faz sentido! “TU” és a parte material que se sustenta na natureza através de alimentos sólidos, palpáveis à tua observação. “TU” és a carcaça condensada que me sustenta neste mundo deformado. “EU” sou o teu corpo astral adaptado para comunicações com esta natureza e, agora, com o desenvolvimento do raciocínio, poderei também me comunicar com o mundo superior a este universo deformado e poderei entrar em contato natural com nosso Mundo de Origem, o Mundo Racional.
“EU” te agradeço “TU” maravilhoso, que apesar de seres feito da lama, um dia quiseste estudar Cultura Racional e foi aí que vi a Luz, que comecei a me desenvolver racionalmente, obtendo respostas para as dúvidas mais profundas.
Como te agradeço a minha paz!... “TU” terás os benefícios materiais que sempre sonhaste. Isto é apenas uma recompensa pelo teu esforço, pelo fato de teus olhos se abrirem  e “EU” poder contemplar as maravilhas do Mundo Racional.
“TU” e “EU”, que apesar de sermos feitos de matéria, conseguimos vencer as ilusões. E agora descortinando o mundo verdadeiro, a verdadeira vida, compreendendo tudo e todos, viveremos afinal sem duelos, sem guerras interiores, nós dois com a justa compreensão da verdadeira existência.
Agora, “TU” e “EU”, favorecidos em tudo e por tudo, dando a todos aquilo que de melhor existe, a felicidade eterna e que nós encontramos na leitura do livro Universo em Desencanto.
"O "TU" é a pessoa e o "EU" é onde a Natureza transmite!"

sábado, 21 de março de 2015

As Fases da Humanidade


Ninguém nasce sabendo!  E só aprendemos o que nos ensinam. 

Tudo, ou quase tudo, temos que aprender.

Digo quase tudo, porque, geração após geração, existe um ganho de aprendizagem que já vem impresso na própria formação do ser. 

Coisa assim do tipo: as crianças de hoje começam a usar dispositivos de informática antes mesmo de aprenderem a falar. E aprendem a falar muito mais rápido que antigamente e já nascem de olhos abertos.

Progressivamente, haverá o tempo em que esse acúmulo de aprendizagem será completo, e as crianças nascerão sabendo tudo, sem precisar que lhes ensinem nada.
É a geração do Terceiro Milênio.




AS FASES DA HUMANIDADE


O ser humano é gerado, cresce, se desenvolve e chega à maturidade e depois se extingue.

Passa por várias fases durante a sua vida. A fase do feto, a infância, puberdade, adolescência, fase adulta e, por ultimo, a velhice.

Verifiquem em um recém nascido. Observamos, atualmente, os progressos que a criança vai fazendo, o primeiro choro, os olhos se abrindo, os ouvidos escutando, enfim, os órgãos um a um vão se adaptando ao meio ambiente. Os olhos distinguindo as cores, as formas; começam assim os primeiros entendimentos da criança com o meio ambiente. Cada progresso destes constitui uma fase, ou várias fases.

Os entendimentos vão aumentando; os adultos ensinam a falar, a rir, e aos poucos vão transformando aquele ser, de acordo com os seus padrões sociais e culturais. Vai sendo formada assim uma base de entendimentos e pensamentos para o futuro ser humano adulto que poderá agir por si só, livremente.

Mas, quando ele crescer, já será tarde para pensar sozinho, pois, na realidade, a base de seus pensamentos não é sua, foi legada  por outros, pelos pais, parentes, sociedade e até pelo meio ambiente.

É claro que existe o livre pensamento, nós sabemos disso. Mas, na verdade, este livre pensamento também é "pré-fabricado" no berço e nas primeiras escolas. E não poderia deixar de ser assim! Alguém tem que nos ensinar  a ser livre, porque ninguém nasce sabendo, nem mesmo o que é liberdade.

Existe também as transformações do pensamento durante as fases da vida, porque os pensamentos acabam ficando todos diferentes, mas não se consegue libertar dos primeiros passos, dos primeiros entendimentos. A percepção de cada um é variável, mas cada progresso é montado em cima daquela base do recém nascido. De modo semelhante, a humanidade também não conseguiu se libertar da sua formação de feras primitivas.

Ninguém escolhe o berço em que vai nascer, nem hora, nem pai, nem mãe. Pelo menos é assim que entendemos, até então.

Numa simples ilustração, observem que aquele que nasce no Brasil jamais se entenderá, ou se sentirá, como sendo japonês e vice-versa. Este é um dos exemplos que constituem a base de pensamento adquirida no berço e da qual ninguém consegue se libertar, mesmo sendo livre pensador e livre para imaginar o que quiser. Conclusão disto:  não é possível negar sua origem.

Contudo, se não fosse dito a uma criança, ao adolescente, como ele nasceu e, se ele não visse outras crianças nascerem, ele nunca poderia se aperceber que tinha sido gerado no ventre de sua mãe, ele não saberia entender a sua origem biológica, o seu nascimento, muito menos o seu antes de ser assim, até que chegasse um dia em que, por conseqüência natural, no encontro do sexo oposto, ele comprovasse como é a reprodução, como é gerado um ser humano (lembram do filme "Lagoa Azul"?).

E só aí é que ele compreenderia como é que tinha nascido. Como veio parar neste mundo.

ASSIM É A HUMANIDADE, NA SUA EVOLUÇÃO CÓSMICA!

Nasceu, cresceu, se desenvolveu e chegou à maturidade. Passou por inúmeras fases. Em cada fase, cada época, muitos e muitos aspectos diversos que constituem, em verdade, um número infinito de fases. E agora está à beira de comprovar  sua real existência, como ser eterno que é.

Em todo esse tempo, a humanidade foi livre pensador, mas jamais conseguiu se libertar do elo de sua origem. E o que manteve a humanidade presa à sua origem, inconscientemente, foi justamente a boa índole que todos nós temos, como que um porta-voz adormecido, latente.

 – Chamamos esta índole de senso de humanidade.

Este sempre foi o nosso desejo: procurar pureza e perfeição, todos querendo acertar, comprovando que a nossa origem é de puros, limpos e perfeitos.

Se nunca alcançamos a pureza e a perfeição, é porque estávamos desconhecidos do nosso ser, da nossa razão de sermos assim.

Inventamos tudo que sabemos hoje e muitas coisas até já esquecemos e, é claro, que de imaginações não poderiam nascer certezas, porque é tudo imaginário.

Mas, assim como o corpo humano na maturidade é adequado ao acasalamento, o ser humano, por ser um centro astrológico, também, com o tempo, tinha de chegar à conclusão de encontrar em si mesmo a IMUNIZAÇÃO RACIONAL, e nela o porta voz da verdade das verdades, por a natureza dos viventes ser adequada a conhecer a sua Origem verdadeira, que é a Natureza que nos fez

A IMUNIZAÇÃO RACIONAL é a Energia que faz a ligação do ser humano com o Mundo de Origem.

O porta voz da verdade das verdades, mesmo que ainda materializado em forma de máquina do Raciocínio, através da IMUNIZAÇÃO RACIONAL, vem nos esclarecer a nossa origem, nossa "infância", nossa "adolescência" e vem nos mostrar o verdadeiro caminho, agora que estamos entrando na maturidade da nossa existência, antes que a "velhice" e a extinção natural liquide esta humanidade.

Já estamos vivendo a mais linda fase da humanidade: a fase do desenvolvimento do Raciocínio, pela ligação natural de todos ao nosso verdadeiro Mundo de Origem, o Mundo Racional.

A Fase agora é Racional, querendo dizer com isto que a Humanidade está prestes a se libertar de toda a ignorância fermentada no atraso do desconhecimento de si mesmo.

Deixa de ser crente e temente ao Criador, para ser consciente e digno de coexistir com o verdadeiro Criador.

Onde aprendi isto e com quem aprendi?

Simples: existe um Livro que me transmite toda esta realidade existencial: o Universo em Desencanto. E este Livro tem um Dono! E é com Ele que estou aprendendo.


 

quarta-feira, 18 de março de 2015

O eterno descompreendido de si próprio


-"Só sei que nada sei!"


E já sabe muito, se comparado com a maioria que vive de aparências, se julgando certo em tudo e, soberbamente, acima de tudo.

Eis a terrível contradição que vive em cada um de nós. Sabemos que nada somos, mas agimos e pensamos como se tudo fôssemos.

Esta ação de pretensa soberania, dentro do nada ser, talvez seja o indício de que realmente temos algo de plenipotenciário.

Como compreender isto? Como compreender a si mesmo?

Na Origem verdadeira do ser humano, que cria a consciência do Ser, podemos encontrar a compreensão de nós mesmos, desatando os nós da incompreensão.
 
 

O SER HUMANO, O ETERNO DESCOMPREENDIDO DE SI PRÓPRIO


A natureza humana é falha e imperfeita!

Daí chegarmos à conclusão do desconhecimento de nós mesmos.

Já passamos por muitas eras, sempre sem conhecer o nosso verdadeiro natural, que é Racional e, por isso, cada vez mais nos aprofundando num poço sem fundo, procurando saber e sentir a nossa essência. Sempre nos aprofundando e sempre indo cada vez mais "pro-fundo".

Tudo o que precisamos saber é que o ser humano antes de ser o que é, era um ser puro, limpo e perfeito, sem defeitos, mas que, por um ato de desobediência, no uso da Liberdade, perdeu a ligação com o seu natural de perfeição e passou a ser um eterno "descompreendido" de si próprio, pois a sua imperfeição aumentou e continua aumentando à medida que se transforma e se degenera no aprofundamento da vida.

O ser humano perdeu sua comunicação com o mundo puro, limpo e perfeito, como quem se aprofunda num poço e se desliga da luz da superfície, vindo parar numa condição de vida material, sem saber porquê e nem para quê, como quem no fundo do poço encontra a água e nela se dissolve, ficando assim ainda mais aprofundado dentro da sua obscuridade.

E este desconhecimento de si próprio leva o ser humano a toda espécie de confusão, contrariedades e convenções, nunca tendo a certeza do que é e do que não é.

A natureza humana é falha e imperfeita, é uma natureza aparente, falsa e ilusória. Baseia-se nas aparências e aparências não são verdades. Por isso, o ser humano é mentiroso, mentiroso consigo mesmo, ele mesmo se contradiz, ele mesmo se destrói. Vive sempre contra, nunca a favor de si próprio. E quando pensa que não é contra nem a favor, muito antes pelo contrário, é cada vez mais contrário, indo de mal a pior cada vez mais.

O ser humano nasce sem saber porque nasce, sem pedir para nascer. Cresce sem saber porque cresce, refloresce e desaparece. E neste curto espaço de tempo não percebe as transformações que se passam  no  universo. Aprende a falar porque lhe ensinam, se não ensinassem não falaria. Vive porque vê os outros viverem. Cada um de nós é um macaco de imitação dos outros, fica imitando e diz que está criando, inovando, mas o que faz é só repetir, imitar. Modifica sim, mas as modificações são mais uma imitação. Ficamos repetindo aquilo  que falam, que nos ensinam, assim nos consideramos sábios, sem ser.

Sábio é aquele que não precisa estudar, ensina. Quem sabe não estuda, ensina. Se vivemos sempre estudando, pesquisando, cada vez mais, é porque pouco sabemos, ou nada sabemos. O que temos é apenas uma base de discernimento que possibilita desenvolver o pensamento e a imaginação.

E aqui está o âmago da questão! Por que o ser humano é um eterno "descompreendido" de si próprio.

Por não conhecermos nossa origem (a verdadeira) ficávamos sem saber como fomos formados, bem como tudo que nos cerca. Ficamos desligados da "energia" do nosso mundo de origem, a Energia Racional, a energia que deu consequência a estas duas que conhecemos: a Elétrica e a Magnética. E por assim  ser, sem termos a Luz Racional para nos guiar, ficamos perdidos inconscientemente, ligados às duas energias do plano animal. Nossa orientação passou a ser inconsciente.

O ser humano é vinculado a três energias: a Elétrica, a Magnética e a energia primeira, a Racional que é do verdadeiro natural.

Por isso, tem em seu cérebro três polos de ligação: o polo elétrico ligado à Energia Elétrica que lhe dá o pensamento; o polo magnético ligado à Energia Magnética, que lhe dá a imaginação e o polo racional que estava “apagado”, mas que pode ser ligado à Energia Racional e que lhe dá o raciocínio.

O ser humano, como animal racional, fazia uso, ou só faz uso das duas partes inconscientes, o pensamento e a imaginação porque só conhecia as duas "energias", no fundo do poço, a Elétrica e a Magnética, não podia se conhecer verdadeiramente, tinha que ser um eterno desconhecido de si próprio, desenvolvendo-se apenas como animal.

Mas, através do conhecimento de sua origem verdadeira, será possível estabelecer a ligação com a primeira energia, a Racional, e desenvolver o seu polo Racional, chegando ao conhecimento de si próprio de uma forma consciente e Racional. O ser humano está sendo promovido à categoria de Aparelho Racional.

Para que todos possam entrar em contato com a energia primeira, pura, limpa e perfeita, basta ler e reler, repetidas vezes, o Livro Universo em Desencanto. E assim, todos teremos, por si próprios, a definição completa, o conhecimento do que é e como é o ser humano e como é todo o Universo.

Conheceremos então a Fase Racional que é a fase que o ser humano está atravessando, a última fase da vida da matéria, pois o Conhecimento de Cultura Racional, no Livro Universo em Desencanto, objetiva ligar toda a humanidade ao seu mundo de origem na categoria de Aparelho Racional. E todos, então,  vivendo satisfeitos e conhecedores de si mesmos até o fim desta vida de matéria.

P.S. O termo "descompreendido", embora ausente de nossos dicionários de português, foi usado assim mesmo, indicando que já houve em algum tempo ou em alguma outra instância do Universo, a compreensão consciente de si mesmo, de um ser eterno puro, limpo e perfeito, que se tornou "descompreendido" de si próprio pelas transformações a que se submeteu.

 

 

 

terça-feira, 3 de março de 2015

Matéria


Quando comecei a estudar a Cultura Racional eu não imaginava, embora pudesse prever algo de diferente em relação ao meu conhecimento científico, que palavras simples como matéria e energia pudessem significar estados tão diferentes daquilo que normalmente entendemos com essas palavras.

Numa alusão direta à equação de Einstein, E = m.c2 , era essa a única forma que eu tinha de entender estas duas palavras, até então.

Entretanto, no Livro Universo em Desencanto, os termos matéria e energia me parecem ser muito mais abrangentes do que essa "inanimada equação matemática".

Matéria é uma vida, porque tudo é vida, tudo é energia transformada em seres, matéria é uma massa de energia em estado de transição, justificando, assim, o porquê tudo se transforma.

Na origem da matéria está o "segredo" do entendimento do que significa a palavra "energia", pelo ponto de vista de um mundo anterior ao nosso, antes de qualquer "big bang" imaginário.

Energia é vida, virtudes são vidas. E a massa de energia é o feito existente que se transforma. Se está em transformação é por que tem vida.

Matéria é a vida dos feitos em transformação. Esta é a minha visão atual, que não contradiz a visão descrita a seguir.



MATÉRIA


Para entendermos bem o que é matéria temos que saber a sua origem, compreender bem a sua natureza e as suas transformações. Principalmente a origem, pois é pelo princípio de todas as coisas que começamos a compreendê-las.

Dentro do nosso campo de observação, a matéria se apresenta como corpo que ocupa lugar no espaço. Este é o primeiro modo pelo qual a natureza se manifesta aos sentidos do ser humano; o segundo modo é a energia. Matéria e energia estão em constante transformação.

A estrutura da matéria se apresenta bem complexa aos olhos do ser humano, isto porque ele também é feito de matéria e não sabe explicar o porquê de ser assim.

Então, como é que um ser de matéria, que nasceu do chão, pode definir e entender matéria, se não entende a si próprio? Como é que um ser de matéria pode entender esta natureza tentando sempre dividir e destruir?

Os antigos já tinham chegado, filosoficamente, a definir a menor partícula da matéria. Imaginaram um “grão de matéria”; foram dividindo mentalmente este grão. Quando não conseguiram mais dividir, disseram: “- isto é o átomo!”, que em grego significa indivisível.

Recentemente, orientados em princípio por esta filosofia, estabeleceram a teoria do átomo e conseguiram dividir o que era filosoficamente indivisível. Mas, notem bem, tudo isto baseados em teorias. Fazem-se medições com aparelhos ultrassensíveis e, de acordo com estas medições, imaginam que seja assim. Mas, na realidade ainda não se chegou a uma conclusão definitiva sobre a real estrutura da matéria.

Dividiram o átomo em subpartículas e agora, estas também são divididas. Já dividiram até a vida. E nesta divisão ocorre uma terrível multiplicação de confusões.

Então a estrutura da matéria não pode ser descoberta e compreendida por simples análise de medidas e experiências.

O que adianta, o que resolve experimentar com aquilo que já encontramos feito quando nascemos? Não resolve nada! Isto, apenas serviu para fazer o homem descrer de si próprio.

A verdadeira essência da matéria ainda é um mistério para os pesquisadores, mas pode deixar de ser quando todos passarem a pesquisar nos livros Universo em Desencanto.

As transformações da matéria são também um mistério, embora muitos possam provar com símbolos e equações imaginárias que misturando “A” com “B” dá “C”, porque “A” tem estas propriedades e “B” tem aquelas e etc., que matéria se transforma em energia e energia em matéria. Medem os valores, chamam disto, chamam daquilo, e quando não acontece aquilo que previram dizem que toda a regra tem exceção, ou então mudam as regras para melhor se adaptarem ao modelo criado pelas suas experiências.

Em suma, sempre buscando o certo, convencidos de que estão certos, mas se estivessem certos não precisariam buscá-lo! Todos se esquecem de que a essência, o verdadeiro porquê das transformações, ainda é desconhecida no campo da ciência humana.

Realmente, tinha que ser assim. E eu, como pessoa ligada a este conhecimento científico da matéria, posso assegurar que ainda não tinha entendido o porquê das transformações, o porquê da matéria, a origem da matéria e o porquê desta origem.

Hoje sou um estudante de  Cultura Racional e aqui venho de viva voz mostrar um pequeno exemplo, divulgar para todos, que me ouvem e me escutam, que dentro da Cultura Racional eu me encontrei. E com este Conhecimento também.

Como qualquer outro, posso definir, sem mistérios, o porquê da matéria, o porquê de eu viver assim, o porquê de tudo. Porque tudo, naturalmente, pode ser compreendido com o Conhecimento da razão da vida que é o Conhecimento da Imunização Racional.

Antes de conhecer o absoluto, vamos conhecer a razão da verdade, pois na razão de tudo é que se encontra o absoluto, pois o ser da razão é aquela chave que nos abre o Raciocínio, que nos abre a porta do mundo da razão da vida, o Mundo Racional.

domingo, 1 de março de 2015

Os Excluídos


Com este artigo procurei provar e comprovar que qualquer definição de algo, de alguém ou de qualquer coisa, é excludente de todas as demais coisas.

Quer dizer, ao definirmos uma cor excluímos a definição das demais e perdemos a noção do "Todo", do que se define como sendo a Unidade.

Mas, como poderíamos definir a Unidade, considerando que toda a definição de algo é excludente das demais coisas. Não há mais coisas fora da Unidade, logo a Unidade não se define neste plano de encantamentos.



OS EXCLUÍDOS


Os excluídos são os encantados!

Estão excluídos de um conjunto harmonioso Racional. E é por isso que os excluídos vivem como vivem, assim deste jeito.

Excluído quer dizer, não participante, isolado, inativo, desconhecido da Razão, desconhecido do todo universal.

Quando falo excluído me refiro a este mundo deformado, tudo e todos, e eu próprio que sou mais um excluído.

A palavra árvore nos traz a ideia da árvore como vegetal e assim, com essa palavra, excluímos todo o restante do universo.

A palavra água nos mostra a água e excluímos assim a terra.

Mas, onde acaba a água e começa a terra, se toda a água tem terra e toda a terra tem água.

Onde acaba a árvore e começa o chão, se todo o chão tem árvore e toda a árvore tem chão.

O rico exclui o pobre, o pobre exclui o rico; o vermelho exclui o amarelo, o amarelo exclui o vermelho e assim por diante.

Somos excluídos totalmente. Mas, se assim somos, é porque nós mesmos nos excluímos por livre arbítrio.

Fomos nós mesmos que criamos estas convenções e agora somos vítimas de nossa criação.

Olhem para todos os excluídos, para tudo, não excluam ninguém! O passado, o presente e o futuro; o alto, o baixo e o médio; o pobre, o rico e o remediado; o quente, o frio e o temperado.

Olhem para todos os excluídos, não excluam ninguém! A luz, a escuridão e a sombra; o forte o fraco e o médio; o branco, o preto e o cinza; enfim, o muito, o pouco e o mais ou menos.

Olharam?

Não parece que para todas as coisas vemos sempre três aspectos dentro de uma mesma classe? Realmente, parece ser sempre três aspectos. Mas assim, acabamos excluindo o quatro, o cinco, etc., e nós não devemos excluir ninguém, temos que olhar para tudo e todos sem exclusão.

Temos que olhar para o todo completo, o “UM”!

“UM”, como sendo a definição de tudo e do todo.

Olhar não significa só usar os olhos, pois que só olhando com os olhos excluímos a audição, o tato, o paladar, a voz, o olfato. Devemos olhar com todos os nossos sentidos.

E assim mesmo não nos é possível observar o todo completo sem que haja excluídos.

Onde está a perfeição? Está excluída.

Onde está a pureza? Está excluída!

Mas, fomos nós mesmos que nos excluímos da perfeição e da pureza!

Se somos excluídos da perfeição, nossas obras, palavras e ações não podem ser perfeitas.

Porém, à luz da razão, à luz da Cultura Racional, vamos olhar para todos os excluídos sobre todos os aspectos e ver que, dentro de uma mesma classificação, os três aspectos enumeradas podem ser resumidos em dois.

No passado, presente e futuro, eliminamos o presente, pois aquele instante que dizemos ser o presente, quando acabamos de dizer, esse instante já é passado.

“Agora”! E esse instante já faz parte do passado.

No alto, baixo e médio, eliminamos o médio, pois o que é o médio? Ou é alto, ou é baixo. O médio nada mais é que a mistura do alto com o baixo. Só existe o alto e o baixo, o médio nada mais é que a mistura dos dois, assim como o cinza é a mistura do preto com o branco; o remediado é a mistura do rico e com o pobre; o temperado é a mistura do quente com o frio; e assim por diante, o ponto médio é sempre a mistura de dois extremos.

Por isso, por enquanto, analisemos apenas os dois extremos.

Todos os outros pontos não serão excluídos, serão sim considerados como a mistura dos dois extremos em diferentes proporções.

Por exemplo: misturando preto com branco podemos obter cinza escuro, cinza claro, cinza mais claro, etc.

O branco e o preto são os dois extremos; representam as duas forças que assim nos fazem pensar e imaginar– a Energia Elétrica  e a Energia Magnética.

Segundo a ciência, o pigmento branco reflete todas as cores e o pigmento preto não reflete nenhuma, absorve todas as cores.

E o cinza, o que é?

O cinza é a mistura do branco com o preto. Podemos então dizer que o cinza é uma mistura que reflete todas as cores, por conta do branco e, ao mesmo tempo, não reflete nenhuma, absorve todas as cores, por conta do preto.

Então, vejam, o cinza representa a mistura da presença com a ausência. Em outras palavras: se o branco representa a existência e o preto a não existência, vejam que o cinza representa a soma da existência com a não existência.

Então o cinza existe ou não existe?

Vejam que confusão! Mas é claro, esta confusão é feita à luz da ciência humana, pois analisando o branco, o preto e o cinza, assim conceituados pela ciência, ela mesmo se prova que não existe, pois tem em si a existência e a não existência, o ser e o não ser, tem dentro de si os dois extremos.

Quem fez a ciência? Os homens!

O que são os homens? São produtos de dois extremos: o elétrico e o magnético. O extremo elétrico, polo positivo e o extremo magnético, polo negativo.

E é por isso que o homem buscando a verdade nos extremos nunca encontrou nada de sólido e muito menos nos intermediários.

Mas, à luz da Cultura Racional é simples: os extremos é que não existem verdadeiramente. Tudo é uma coisa só! Tudo é uma coisa só! Tudo é Racional.

O branco e o preto são uma coisa só! O cinza também. Se assim distinguimos o branco do preto, excluindo o preto do branco, é porque estamos influenciados por duas forças: a Elétrica e a Magnética.

São Elas que nos fazem distinguir coisas iguais como sendo diferentes.

E agora tudo é tão simples!

No mundo em que vivemos, estas duas forças é que nos causam o vislumbre de exclusão. Se estamos num extremo, o outro fica excluído. Por isso é que a nossa vida é confusa, por isso é que somos encantados.

Não existem extremos verdadeiramente. Os extremos são gerados aqui na deformação elétrica e magnética. São aparências.

Devido à nossa formação elétrica e magnética é que diferenciamos tudo, excluindo todos e olhando só para nós, só para o nosso extremo, não importa ele qual seja. Eis o porquê do egoísmo ser inerente à matéria.

Excluídos somos nós que nos fizemos assim, mas pouco falta para sermos incluídos no todo Racional.

Excluídos são os encantados.

Estão excluídos de um conjunto harmonioso Racional.

Incluídos serão todos os desencantados, pois voltarão a fazer parte deste conjunto perfeito onde não há extremos, tudo é uma coisa só, tudo é Racional: puro, limpo e perfeito.

Para você saber o que é, e sentir-se como incluído, desencante-se, leia o Livro Universo em Desencanto, para alcançar o desenvolvimento do Raciocínio.